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A contracultura alimentar: por dentro do vegetarianismo e veganismo

  • Foto do escritor: Tamires Tavares
    Tamires Tavares
  • 5 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Aderindo a ideologias que respeitam os animais e o meio ambiente, por questões de saúde ou outros motivos, eles resolveram radicalizar e expulsaram a carne e derivados animais do cardápio, vestuário e de outras áreas de suas vidas



Você é daqueles que não resistem a um bom churrasco? É frequentador assíduo dos fast foods mais populares e não dispensa um hambúrguer com tudo a que tiver direito? Então, provavelmente, fica confuso quando alguém diz que deixou de comer carne totalmente ou qualquer alimento de origem animal e não compreende como é possível viver assim.


A dieta do brasileiro comum é composta sempre por algum elemento de origem animal, ainda que não seja equilibrada, contendo todos os nutrientes necessários à saúde. Por hábito alimentar ou cultura, a carne está, indispensavelmente, presente na mesa, seja ela bovina, suína, de aves e peixes, ou até frutos do mar, e também derivados como ovos e leite.


Indo na contramão dessa cultura alimentar, o vegetarianismo vem crescendo em número de adeptos. Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), em estudo de 2012, cerca de 15,2 milhões de brasileiros se declaram vegetarianos, ou seja, 8% da população brasileira.


O vegetarianismo encontra-se dividido em vertentes e, portanto, existem diversos grupos que seguem diferentes tipos de dietas. Os principais são os ovolactovegetarianos, lactovegetarianos, vegetarianos estritos e veganos.


O primeiro grupo – dos ovolactovegetarianos – não se alimenta de carne de nenhum tipo, mas consome alimentos de origem animal como ovos e leite. Os lactovegetarianos excluem de seu cardápio, além das carnes, os ovos. Já na alimentação dos vegetarianos estritos não há carne, laticínios nem ovos e seus derivados.


Os veganos compõem um grupo mais seletivo entre vegetarianos. Além de não comer carne e demais alimentos derivados, não consomem nada de origem animal como roupas, sapatos, acessórios, etc. e nem produtos que tiveram animais envolvidos por meio de testes ou outros procedimentos. O veganismo é, portanto, mais do que uma dieta. É um estilo de vida.


O motivo pelo qual as pessoas aderem ao estilo de vida vegano pode variar. Alguns o fazem pela compaixão pelos animais e com o intuito de boicotar a exploração animal, outros o fazem, também, para cooperar com a diminuição do impacto negativo no meio ambiente causado pela pecuária. Há também quem opte pela prática por motivos religiosos ou de saúde.


Com a adesão a este estilo, muitas pessoas afirmam ter melhorias na saúde. Especialistas afirmam que o risco de doenças como diabetes, ou causadas por colesterol alto diminui. Mas é necessário ter o acompanhamento de um nutricionista para saber como repor nutrientes encontrados em alguns alimentos e que são necessários para o organismo, como a proteína.


“Com a opção pelo veganismo perdi 20kg, minha taxa de hemoglobina subiu, chegando a 14,5, sendo o normal entre 12 à 16. Os odores corporais e acnes diminuíram. O intestino funciona muito bem, pois consumo mais fibras, e vegetais levam cerca de 3 horas para serem digeridos, enquanto a carne bovina leva 48 horas”, comenta Vanessa Vasques, 29, vegana há 9 anos.


Ainda que muitos não queiram mudar radicalmente, é importante que cada pessoa tenha consciência do seu impacto no mundo através do estilo de vida que leva. Portanto, é necessário consumir com responsabilidade, respeitando sempre o próprio corpo, a vida animal e o meio ambiente, procurando viver em equilíbrio.

 
 
 

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