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Da internet para as ruas: a juventude brasileira que aderiu à militância

Tudo começou por causa de 20 centavos e o que ninguém esperava aconteceu: a reivindicação contra o aumento das tarifas do transporte público criou grandes proporções. Milhões de pessoas tomaram o Brasil inteiro com protestos, e manifestou-se a insatisfação de uma parcela da população que estava, aparentemente, apática e indiferente: os jovens.


O protagonismo da juventude nas manifestações de junho de 2013 – que podem ser consideradas as maiores na história moderna do país – revelou a força que estava oculta atrás de curtidas e compartilhamentos nas redes sociais. E, desde que tomaram as ruas e conseguiram serem ouvidos, os jovens perceberam o poder que tinham em suas mãos e em suas vozes.


Sem dúvida, a amplitude do acesso à informação proporcionou o contato dos jovens com um universo completamente novo para eles: o das causas políticas e sociais. Através de páginas e perfis nas redes sociais, que conquistaram o interesse da juventude pós-protestos de 2013, assuntos relativos à militância e ativismo são divulgados, influenciando e encorajando estes novos leitores.


Desde a ditadura militar, não se via uma movimentação da juventude para a militância como tem ocorrido nos últimos anos. Apesar da quantidade de manifestantes nos protestos ter diminuído, a atuação virtual continuou e a formação de novos coletivos, ou a adesão aos que já existiam, aumentou.


Um destes coletivos que têm proporcionado a participação dos jovens nas questões políticas é o RUA – Juventude Anticapitalista, “um coletivo nacional de jovens que surgiu no começo de 2014, com o intuito de buscar organizar a juventude que participou dos protestos de junho de 2013”, define Felipe Bruner, estudante de Ciências Sociais da USP e militante político-social desde 2008.


Grande parte dos coletivos se instaura dentro das universidades, onde a maioria das pessoas tem seu primeiro contato com debates sobre temas relacionados à política e sociedade e com a análise de questões cotidianas. Por isso, os movimentos estudantis têm adquirido força e tem crescido a sua participação na busca por transformações sociais do país.


“Para mim, que comecei a atuar bem antes de 2013, é visível a mudança de participação política da juventude e da população em geral. Isso é muito positivo, já que conseguimos sair de uma completa marginalidade e passamos a ter cada dia mais gente atuando conosco”, comenta Felipe.


A luta da juventude tem trazido à tona temas que requerem discussão na atual situação do país. A força em suas reivindicações têm levado a população e os governantes a refletir sobre as temáticas que os atingem diretamente. Sua esperança por um país melhor é a mola propulsora para que continuem a militar por mudanças.

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