A leitura na era digital
- Tamires Tavares
- 5 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
Os livros evoluíram através de novas tecnologias, e dispositivos e aplicativos têm substituído os impressos
A revolução tecnológica mudou o comportamento e a comunicação entre as pessoas. Atualmente, grande parte do que fazemos em nosso cotidiano envolve algum tipo de tecnologia e já é possível, com apenas um clique, estar conectado com todo o mundo e ter informações a respeito de qualquer assunto.
Isso também se aplica à maneira como adquirimos conhecimento. No contexto acadêmico, por exemplo, vemos que a maioria dos estudantes prefere realizar suas pesquisas em laboratórios de informática ao invés da biblioteca – que era, antes, o principal ambiente procurado para esta atividade.
A leitura, seja para fins de lazer ou como fonte de informações, também evoluiu nesta era digital. Os livros digitais ganharam um amplo espaço no mercado editorial e têm sido alvo de grande procura pelo público leitor. Com isso, dispositivos para leitura deste material foram inventados e têm sido aperfeiçoados ao longo das últimas décadas.
Os primeiros dispositivos digitais portáteis para leitura – o Softbook e o Rocketbook – foram criados em meados dos anos 90, mas não tiveram grande aceitação entre os leitores, pois tinham características como luz forte emitida da tela de LCD e um peso muito elevado.
Novos fabricantes procuraram melhorar estes dispositivos e, em 2001, surgiu o Librie-1000EP, da Sony, que revolucionou esta tecnologia utilizando a tinta eletrônica, ou e-ink, no aparelho. Este diferencial simula o papel impresso na tela, por não emitir luz e apenas refletir a luz do ambiente. Isso também favoreceu a economia na energia gasta pelo dispositivo.
A partir daí, o público que consumia livros físicos passou a adquirir livros digitais. As empresas editoriais aumentaram o investimento neste novo meio de publicação, e passaram a desenvolver livros com formato específico para estes dispositivos – os e-books.
Os aparelhos mudaram com os anos, para satisfazer as necessidades do público cada vez mais exigente. Novos recursos foram criados para proporcionar mais conforto durante a leitura e também para acrescentar e aumentar a interatividade.
Atualmente, os usuários desta tecnologia contam com diversos aplicativos que potencializam a experiência da leitura. Através de diferentes recursos, é possível realizar pesquisas na internet, proporcionando hipertextualidade. Isso transformou o modo como a leitura era feita, limitada às informações contidas no próprio livro, e trouxe praticidade ao leitor.
Demais recursos têm chamado a atenção para estes dispositivos como a possibilidade de, com apenas um toque, virar as páginas ou marcar trechos, e ainda incluir notas pessoais ao livro. Também é possível controlar a emissão de luz da tela, alterar o tamanho das fontes e sua tipografia e mudar a cor de fundo de acordo com a preferência do usuário.
“Utilizo o aparelho Kindle, da Amazon, pois, através dele, posso adquirir livros que ainda não chegaram ao Brasil. Além disso, possui um dicionário de significado e de idioma que ajuda muito em uma leitura técnica. Com ele posso ter vários livros sem precisar carregar muito peso e é ideal para utilizar a noite, por causa da iluminação”, conta o desenvolver de jogos digitais, Nathan Queija.
Outra mudança ocorrida neste contexto digital é a de que leitores podem ter acesso a publicações independentes e livros com preço menor em relação aos impressos. Muitos escritores têm criado e divulgado seus próprios livros digitais diretamente ao público, sem a necessidade de uma editora. Isso tem democratizado e facilitado a difusão de informações e o acesso à leitura.
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